A polícia de São Paulo investiga a execução de um delator em um atentado ocorrido no Aeroporto Internacional de Guarulhos. O crime envolveu um complexo esquema de monitoramento, com os assassinos aguardando informações para executar a vítima logo após sua saída do terminal. A força-tarefa, composta pela Polícia Civil, Militar e Científica, investiga as circunstâncias do atentado, incluindo o possível apoio de pessoas dentro do aeroporto e a utilização de um veículo que passou por acessos internos da área.
Em paralelo, as autoridades estão analisando o patrimônio de dois policiais mencionados pelo delator, que estaria envolvido em um esquema de lavagem de dinheiro e corrupção dentro da polícia. Um dos policiais investigados teria sido sócio de uma concessionária de carros de luxo, enquanto o outro é proprietário de uma série de empresas, incluindo uma construtora e uma clínica de estética. As investigações visam compreender se houve envolvimento de agentes da segurança pública no crime e se esses policiais estavam de alguma forma ligados ao planejamento da execução.
A execução do delator foi uma consequência de sua colaboração com as investigações do Ministério Público, onde ele denunciou esquemas criminosos dentro das forças policiais. O caso gerou repercussão e levou ao afastamento de 13 agentes, entre policiais militares e civis, enquanto as investigações prosseguem para identificar todos os envolvidos no crime. O foco agora é reconstruir os passos dos criminosos e determinar se houve conivência interna no aeroporto, além de identificar todos os responsáveis pela execução.