O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil de São Paulo está investigando o assassinato de um delator de uma facção criminosa, ocorrido no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em 8 de novembro. Após dez dias de investigação, ainda não foram feitas prisões, mas a polícia identificou suspeitos e continua apurando os responsáveis pelo crime. A investigação segue com duas frentes distintas: uma focada na autoria do assassinato e outra na possível participação de policiais, tanto da Polícia Civil quanto da Militar, em atividades criminosas relacionadas ao delator.
No âmbito da investigação policial, as corregedorias das corporações estão apurando o envolvimento de agentes em atividades ilegais. A Corregedoria da Polícia Militar (PM) conduz um Inquérito Policial Militar (IPM) para investigar se um grupo de oito policiais militares, que prestavam serviços privados ao delator, integravam uma organização criminosa. Entre os suspeitos está um oficial da PM. Já a Corregedoria da Polícia Civil investiga uma rede de empresas ligadas a policiais civis com rendimentos aparentemente incompatíveis com seus salários, além de acusações de extorsão feitas pelo delator contra um delegado, pouco antes de sua morte.
Até o momento, todos os policiais mencionados nas investigações negam qualquer envolvimento com as atividades criminosas relatadas pelo delator. As autoridades seguem analisando imagens de câmeras de segurança e outros elementos que possam esclarecer os detalhes do crime. A investigação continua em andamento, com um foco claro na identificação e prisão dos responsáveis, enquanto se apura a possível participação de agentes de segurança pública em esquemas criminosos.