O relatório final da Polícia Federal (PF) sobre as investigações relacionadas a um golpe de Estado no Brasil detalha um plano que visava neutralizar a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo ações contra ministros da Corte. O documento encontrado em um pen-drive apreendido com um militar sugere a prisão de ministros como parte de uma estratégia para desestabilizar o Judiciário e reverter o cenário político do país. Além disso, o plano propunha a criação de um “gabinete de crise” para restaurar a legalidade e a ordem institucional, com participação de altos oficiais militares.
A investigação revelou que o golpe estava sendo planejado para ocorrer no final de 2023, com a prisão de membros do STF e a atuação direta de figuras militares no processo de governo. Segundo o relatório, o objetivo seria evitar o que consideravam uma ameaça à democracia e aos poderes do país, focando na repressão aos opositores políticos e no controle da máquina pública. A ação teria também envolvido a criação de um plano de fuga para os envolvidos caso a tentativa de golpe falhasse.
Além disso, o relatório concluiu que havia uma atuação direta e planejada por parte de diversas figuras políticas e militares, com a participação ativa de altos oficiais. A PF ressaltou que, apesar dos esforços, o golpe não foi concretizado devido a fatores externos imprevistos. O caso segue sendo investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que recebeu o inquérito sem sigilo, permitindo a continuidade da apuração dos fatos e possíveis implicações legais.