A Polícia Federal divulgou um relatório nesta terça-feira (26), revelando que uma organização criminosa planejou apreender urnas eletrônicas após as eleições de 2022 para realizar uma perícia forense. O objetivo seria investigar supostas falhas no sistema eleitoral, alegando erros em diversos modelos de urnas, como problemas técnicos e falhas no software. O plano envolvia a seleção de urnas com “erros revelantes” em diferentes estados e a criação de uma lista com até 100 urnas a serem apreendidas.
O esquema foi descoberto a partir de conversas entre membros do Instituto Voto Legal (IVL), que elaboraram relatórios sobre falhas nas urnas eletrônicas. A informação foi compartilhada com partidos políticos, que chegaram a argumentar que essas falhas poderiam justificar a anulação de votos computados durante as eleições. No entanto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) refutou as alegações, considerando-as infundadas, e multou os partidos envolvidos em R$ 22,9 milhões por litigância de má-fé.
Além disso, o relatório da PF destaca que, apesar das alegações de falhas nas urnas, a área técnica do TSE não encontrou evidências de fraude nas eleições. O caso, que envolve investigações sobre a organização de um golpe de Estado, segue sendo apurado pelas autoridades, que monitoram possíveis articulações para questionar a legitimidade do processo eleitoral de 2022.