A Polícia Federal divulgou o relatório final de sua investigação sobre a tentativa de golpe de Estado, que revela a elaboração de um plano de fuga para um ex-presidente, com o objetivo de evitar possíveis prisões relacionadas a ações contra a democracia e o Judiciário. O plano foi inicialmente estruturado em 2021, mas só foi executado no final de 2022, após fracassar a tentativa de obter apoio das Forças Armadas para uma ruptura institucional. A investigação também revelou que o ex-presidente, ao perceber obstáculos em suas ações, preparou a fuga com o auxílio de dispositivos específicos, incluindo a Rede de Auxílio à Fuga e Evacuação (RAFE).
O relatório da PF mostrou que o plano envolvia estratégias para garantir a segurança do ex-presidente, como o uso de armamentos guardados e a ocupação de locais estratégicos por militares aliados. Além disso, foi identificado um esquema para enfrentar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo a desobediência a ordens judiciais e um possível confronto com o Poder Judiciário. As evidências coletadas indicam que havia uma tentativa deliberada de gerar uma crise institucional grave, com o intuito de criar um impasse entre o Executivo e o Judiciário.
A Polícia Federal concluiu que as provas indicam uma ação coordenada por parte de envolvidos que buscavam criar um cenário de ruptura institucional. O material apreendido revelou não apenas a tentativa de fuga, mas também um plano de mobilização e resistência que visava enfraquecer as instituições democráticas. As investigações continuam, com o objetivo de aprofundar a apuração e esclarecer todos os detalhes do processo que envolvia altos escalões da administração e possíveis impactos para a estabilidade política do país.