O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos, afirmou que não é aceitável a proposta de anistia para pessoas envolvidas em atentados contra o Estado Democrático de Direito, destacando a gravidade de ações terroristas e a tentativa de atingir as instituições do país. A declaração foi dada em uma entrevista coletiva sobre as explosões ocorridas na Praça dos Três Poderes em Brasília, na noite de quarta-feira, 13 de novembro, quando um homem atirou explosivos contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e, em seguida, cometeu suicídio. Passos alinhou-se às palavras do ministro do STF, Alexandre de Moraes, que já havia se manifestado contra a ideia de anistiar os responsáveis pela invasão dos prédios dos Três Poderes em janeiro de 2023.
A Polícia Federal investiga o atentado sob duas perspectivas: uma tentativa de agressão ao Estado Democrático de Direito e uma ação terrorista. Durante as buscas na residência do autor do atentado, a PF encontrou diversos artefatos e um celular, que serão analisados no decorrer das investigações. A suspeita é de que o homem tenha agido com apoio de grupos extremistas, embora a Polícia Federal ainda não tenha confirmado se ele agiu de forma isolada ou com auxílio financeiro. Passos enfatizou que a ação está conectada a outras investigações em andamento relacionadas a atividades terroristas e extremistas.
Relatos de familiares do homem sugerem que o alvo do atentado seria o ministro Alexandre de Moraes. A ex-esposa do autor afirmou em mensagens que ele teria se preparado para atacar o ministro, e outras ameaças à Corte também foram identificadas em redes sociais. A Polícia Federal segue com as investigações para identificar a motivação completa do crime e determinar se há envolvimento de outras pessoas ou grupos no planejamento e execução do atentado. O caso foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal para que seja tratado com a devida urgência.