A Polícia Federal (PF) encontrou evidências de que investigados em uma suposta tentativa de golpe procuraram informações sobre o conteúdo da delação premiada de um ex-assessor de Jair Bolsonaro. De acordo com um relatório divulgado no dia 26 de novembro, 37 pessoas foram indiciadas por envolvimento em atos relacionados à tentativa de subversão da ordem democrática no Brasil. Em uma operação de busca e apreensão na sede do Partido Liberal, documentos foram encontrados que indicam uma preocupação com o que havia sido revelado no acordo de colaboração de Mauro Cid com a PF.
Entre os documentos apreendidos, um relatório encontrado sobre a mesa de um assessor próximo a uma figura chave no movimento golpista sugere que os investigados tentavam acessar informações sigilosas sobre o conteúdo da delação. O relatório da PF detalha perguntas e respostas que seriam relacionadas ao acordo de colaboração de Cid, incluindo questões sobre reuniões e outras revelações feitas durante a investigação. A preocupação central parece ser a identificação de indivíduos e ações que poderiam comprometer o grupo envolvido.
A investigação também revelou que os envolvidos estavam particularmente atentos a temas específicos, como a minuta de um decreto relacionado ao estado de exceção e a menção a pessoas chave no processo. A PF continua investigando os documentos encontrados e buscando mais informações sobre os envolvidos, sem, até o momento, ter recebido retorno dos citados para esclarecimentos.