A Polícia Federal investiga o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, por suposta participação em um esquema para desacreditar o processo eleitoral brasileiro e subverter o regime democrático. O inquérito aponta que ele teria atuado ativamente no planejamento e execução de medidas voltadas à desestabilização política, com base em documentos, incluindo uma agenda pessoal, onde ele teria registrado sugestões para ações estratégicas, como a crítica constante às urnas eletrônicas.
Além disso, a investigação revelou que o general teria liderado um gabinete de crise formado por militares, com a intenção de agir caso o presidente e outras autoridades fossem removidos do poder. Este grupo estaria planejando um golpe de Estado, conforme relatórios encontrados em sua residência, que detalhavam uma possível ruptura institucional e estratégias para justificar inconsistências nas urnas eletrônicas. A PF também aponta que o general teria exercido uma posição de liderança máxima dentro dessa estrutura organizacional desde dezembro de 2022.
Em resposta às acusações, o advogado de defesa de Heleno afirmou que ainda não poderia se manifestar publicamente sobre o caso, devido ao grande volume de informações contidas no inquérito. A investigação, que foi parcialmente desclassificada pelo Supremo Tribunal Federal, continua a analisar as provas coletadas e os possíveis desdobramentos do caso, com foco em esclarecer o envolvimento de diversas figuras no suposto plano golpista.