A Polícia Federal revelou detalhes sobre um plano de golpe de Estado que envolvia ações para matar autoridades eleitas e membros do Supremo Tribunal Federal, incluindo o presidente e o vice-presidente do Brasil, além de um ministro da Corte. O plano foi articulado por um grupo de militares de alta performance, especializados em Forças Especiais, que operavam de maneira clandestina sob diferentes codinomes associados a países participantes da Copa do Mundo de 2022. A operação, chamada “Copa 2022”, tinha como objetivo monitorar e, possivelmente, assassinar o ministro Alexandre de Moraes, em um contexto de tensões políticas após as eleições de 2022.
De acordo com a investigação, o general responsável pelo planejamento do golpe seria um ex-ministro da Defesa, que atuava como coordenador de um possível “Gabinete Institucional” para lidar com uma crise constitucional. A operação teve início com uma reunião em novembro de 2022, onde foram discutidos detalhes operacionais, incluindo o uso de viaturas militares e o envenenamento de um dos alvos. O grupo também utilizou técnicas de comunicação sigilosa, incluindo o uso de telefones de terceiros e mensagens codificadas para evitar rastreamento pelas autoridades.
A operação policial, batizada de “Contragolpe”, levou à prisão de diversos envolvidos, incluindo militares e um policial federal, que estavam comprometidos em executar os planos de sequestro e assassinato. Os investigadores encontraram mensagens e documentos detalhados sobre os custos estimados para a execução das ações, que somavam cerca de R$ 100 mil, e sobre o monitoramento contínuo das vítimas, que se estendeu até o final de dezembro. A Polícia Federal segue investigando a profundidade do envolvimento de outros possíveis conspiradores.