A Polícia Federal está conduzindo um inquérito que apura uma tentativa de golpe em 2022, com o objetivo de impedir a posse do presidente eleito. O documento revela que os envolvidos no plano, entre eles militares, adotaram medidas para garantir o anonimato, como o uso de pseudônimos em grupos de mensagens e a criação de um guia sobre “anonimização”. Esse material, encontrado pela investigação, inclui uma apostila chamada Apostila_Anonimização.pdf, que também faz referência a outras investigações anteriores, como o caso da morte da vereadora Marielle Franco.
Segundo os investigadores, o conteúdo da apostila indica um alto nível de organização e conhecimento técnico, sugerindo que o plano foi elaborado de forma prévia para garantir a ocultação das identidades dos participantes. O inquérito revelou que os militares se organizavam em um grupo chamado “Copa 2022”, onde utilizavam nomes de países como Áustria, Japão e Gana para se comunicar, evitando o uso de suas identidades reais. Esses detalhes foram encontrados em documentos e mensagens durante a apuração.
O inquérito, que foi enviado ao Supremo Tribunal Federal, incluiu o ex-presidente Jair Bolsonaro entre os indiciados, juntamente com outras 36 pessoas. A investigação agora está sob análise da Procuradoria-Geral da República, que decidirá sobre as próximas ações, incluindo a possibilidade de denúncias ou mais investigações. A apuração continua, com o foco em esclarecer as responsabilidades e os crimes cometidos durante o processo.