Um relatório da Polícia Federal (PF), divulgado em 26 de novembro de 2024, revelou que um plano de assassinato envolvendo várias autoridades brasileiras foi discutido e aprovado por um grupo ligado ao governo anterior. O plano, denominado “Punhal Verde e Amarelo”, tinha como alvo o presidente eleito, o vice-presidente e um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), e foi planejado para ocorrer logo após a diplomação de Lula, em 15 de dezembro de 2022. O plano foi discutido em uma reunião na residência de um ex-ministro da Defesa, onde também estiveram presentes outros membros de confiança ligados a altos cargos do governo de Jair Bolsonaro.
O plano envolvia a utilização de agentes militares de elite, conhecidos como “kids pretos”, e incluía uma estratégia de envenenamento para eliminar as autoridades-alvo. A PF detalhou que a morte de Lula seria provocada por envenenamento, aproveitando-se da vulnerabilidade de sua saúde. A morte do presidente seria considerada como uma forma de desestabilizar a chapa vencedora e afetar a posse do novo governo, que estava prestes a assumir. As investigações também apontam que o ex-secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência teve papel importante na elaboração e execução logística do plano.
A investigação, que culminou com a prisão de algumas pessoas envolvidas no caso, continua a esclarecer os detalhes sobre a execução da trama e as intenções por trás dela. De acordo com a PF, o plano foi impresso no Palácio do Planalto e distribuído a alguns membros-chave, antes de ser levado a cabo. A operação de investigação também sugere que o grupo tinha o objetivo de interromper o processo de transição de poder e enfraquecer as ações do Judiciário.