A Polícia Federal (PF) revelou detalhes de uma operação que investiga a atuação de militares e outras figuras relacionadas a um plano para impedir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e executar ações violentas contra membros do governo. A trama teria sido discutida em uma reunião realizada na residência de um general no dia 12 de novembro de 2022, com a participação de oficiais do Exército e outros envolvidos no movimento golpista. O encontro resultou na criação de um documento denominado “Copa 2022”, que delineava a logística e os recursos necessários para implementar o plano.
Durante a investigação, a PF identificou que, após a reunião, um grupo de militares passou a planejar a execução de ações violentas, incluindo a utilização de recursos militares e um orçamento de aproximadamente R$ 100 mil para financiar a operação clandestina. A tentativa de golpe envolvia até mesmo a mobilização de efetivo militar localizado no Rio de Janeiro. Entretanto, o plano não foi concretizado, e as autoridades conseguiram interromper as ações antes de sua execução.
Embora o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras figuras públicas não tenham se pronunciado oficialmente sobre o caso, a defesa de um dos envolvidos se abstiveram de comentar, alegando ainda não ter acesso completo à investigação. A questão gerou também repercussão nas redes sociais, com declarações de parlamentares sobre o enquadramento legal de atos preparatórios para crimes de grande escala, como os que foram supostamente planejados pelos acusados.