A Polícia Federal deflagrou a Operação Contragolpe para investigar uma suposta organização criminosa acusada de planejar atos contra a democracia, incluindo a anulação do resultado das eleições presidenciais de 2022. O grupo teria arquitetado ações como a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o monitoramento de lideranças para a execução de medidas que culminariam em um golpe de Estado. Documentos apreendidos indicam um plano detalhado para invalidar o pleito eleitoral e perpetuar a atual gestão no poder, com base em alegações infundadas sobre fraude no sistema eleitoral.
A investigação aponta a relação entre militares e membros do governo anterior, destacando reuniões e mensagens trocadas durante a suposta elaboração das ações. Entre os documentos encontrados, um texto denominado “Punhal Verde e Amarelo” detalhava tópicos operacionais relacionados à prisão de autoridades do Judiciário e ações contra a nova gestão eleita. Registros confirmam encontros e diálogos que sugerem a participação de lideranças políticas e militares no planejamento dessas ações.
A operação também revelou que a organização investigada mantinha comunicação ativa com manifestantes golpistas que questionavam o resultado eleitoral. Além disso, indícios sugerem que havia articulação para viabilizar a assinatura de decretos que legitimariam o golpe. A Polícia Federal segue analisando as provas obtidas para determinar a extensão do envolvimento das partes mencionadas e a execução prática do plano.