A Polícia Federal investiga uma possível conspiração envolvendo agentes de segurança e militares, com o objetivo de realizar um golpe de Estado para impedir a posse do presidente eleito. Durante o interrogatório de um policial federal, foram revelados detalhes sobre o envolvimento de outros membros da força-tarefa em um plano para assassinar autoridades, incluindo o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes. O agente, preso desde terça-feira (19), admitiu ter sido cooptado por um colega da Abin para integrar o grupo e oferecer proteção ao ex-presidente Jair Bolsonaro, caso ele se recusasse a entregar a faixa presidencial.
O depoimento de Wladimir Matos Soares, além de implicar outros agentes da Polícia Federal, como o agente Alexandre Ramalho, trouxe à tona um possível plano de atentado envolvendo uso de veneno e explosivos. As investigações apontam que os envolvidos se reuniam em locais estratégicos, incluindo a Academia da Polícia Federal e a casa de militares, para discutir detalhes do golpe. Um dos pontos centrais das investigações envolve o envolvimento de um general da reserva e de outras figuras políticas que discutiram ações golpistas, o que tem gerado desdobramentos dentro da Polícia Federal.
Além das prisões, a operação tem avançado para esclarecer as contradições nas versões apresentadas por alguns dos suspeitos, como o ex-assessor de Bolsonaro, Mauro Cid. A Justiça analisa a possível quebra de acordo de delação de Cid, que poderia resultar em sua reclusão novamente. Enquanto isso, as autoridades continuam a ajustar o inquérito para esclarecer as circunstâncias do plano, e o Supremo Tribunal Federal segue acompanhando de perto o caso, com a intenção de esclarecer as conexões entre os envolvidos no golpe planejado.