A Polícia Federal (PF) está investigando um esquema que envolvia um plano para matar várias autoridades brasileiras, incluindo figuras políticas e judiciais, com o intuito de impedir a posse de um novo governo. A operação, chamada Contragolpe, resultou na prisão de cinco pessoas, incluindo um general da reserva, que seria o responsável pela execução do plano. Conversas interceptadas revelaram diálogos entre os envolvidos, em que se discutia a possibilidade de ações extremas para interromper o processo democrático e manter um governo anterior no poder.
De acordo com as investigações, as conversas entre os suspeitos indicam uma intenção clara de incitar um golpe de Estado, com falas que sugerem a disposição para entrar em confronto armado, com algumas pessoas afirmando estar dispostas a morrer pela causa. Entre os diálogos, um dos contatos de um dos suspeitos expressa estar pronto para agir radicalmente em nome do que considera a “liberdade” do país. Além disso, há indícios de que esses planos envolviam a coordenação com grupos de apoio, incluindo militares e outras manifestações populares.
Em adição, a PF encontrou registros que mostram a presença de alguns dos suspeitos em encontros com figuras políticas durante o período em que os planos de golpe estavam sendo articulados. Em um dos diálogos, um dos envolvidos confirma que houve conversas com um alto membro do governo à época, sugerindo que havia um possível aval para ações até o final de um determinado mês. As investigações continuam, e o caso levanta questões sobre a segurança e estabilidade das instituições do país durante esse período crítico.