A Polícia Federal (PF) deu início a uma investigação aprofundada sobre o atentado ocorrido na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na noite de quarta-feira (13). O atentado envolveu duas explosões: a primeira em um veículo estacionado no Anexo IV da Câmara dos Deputados e, em seguida, uma explosão fatal em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). A PF investiga o caso como uma ação terrorista, com hipóteses também sobre uma tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito.
Os investigadores buscam entender os detalhes do planejamento do ataque, com foco nas informações sobre o autor, que era natural de Santa Catarina, mas residia em Ceilândia, no Distrito Federal. Para isso, a PF solicitou a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telemático do suspeito, incluindo o acesso a dados de seu celular, que está bloqueado com senha. Além disso, o depoimento de pessoas próximas e imagens de câmeras de segurança estão sendo analisados para traçar os passos do autor antes e durante o atentado.
A investigação está sendo conduzida pela Divisão de Enfrentamento ao Terrorismo da PF, que tenta reunir mais provas sobre o envolvimento do suspeito com grupos radicais e a motivação do ataque. O trabalho das autoridades inclui também o levantamento de informações sobre sua situação financeira e o modo como ele se sustentava em Brasília, uma vez que não exercia a profissão de chaveiro e recebia um salário mensal considerável.