A Polícia Federal está tratando as explosões ocorridas em frente ao Supremo Tribunal Federal, em Brasília, como um ato de terrorismo, após indícios de que o atentado foi cuidadosamente planejado por um longo período. Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, os artefatos usados eram de alto poder destrutivo, incluindo explosivos artesanais, granadas simuladas, e até mesmo um extintor de incêndio convertido em lança-chamas. Além disso, o suspeito tinha fogos de artifício organizados estrategicamente no veículo, o que indicaria um plano de grande escala para causar danos severos. A operação também revelou que o trailer utilizado no atentado foi alugado meses antes do ocorrido, o que reforça a ideia de um planejamento detalhado e com intenções de longo prazo.
A investigação também está verificando a possível ligação do suspeito com atos golpistas ocorridos em janeiro de 2023, além de sua presença em Brasília em momentos chave, como em agosto do mesmo ano, quando participou de uma visita guiada ao STF. A Polícia Federal está reunindo evidências através de perícias, redes sociais e depoimentos, incluindo o relato de uma ex-companheira do suspeito, que confirmou o caráter isolado do plano, afirmando que ele havia começado a projetar o atentado já em 2022, com o objetivo de eliminar ministros do Supremo, especialmente o ministro Alexandre de Moraes.
Por fim, a PF está aprofundando as investigações para identificar se outras pessoas estiveram envolvidas no atentado. A ex-mulher do suspeito afirmou que ele agiu sozinho e planejou o ataque sem a ajuda de terceiros, embora a investigação continue para verificar essa hipótese. A Polícia Federal também está analisando mensagens e gravações que indicam ameaças direcionadas ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, sugerindo que ele fosse o alvo principal do ataque. A operação segue em curso, com a possibilidade de surgirem novos desdobramentos sobre a trama e possíveis aliados do suspeito.