A Polícia Federal (PF) realizou a Operação Tai-Pan para desarticular um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas envolvendo fintechs que movimentaram cerca de R$ 6 bilhões nos últimos cinco anos. A operação, que ocorreu em sete estados e no Distrito Federal, resultou em prisões e apreensões, visando uma organização criminosa que operava um sistema bancário paralelo. De acordo com os investigadores, o grupo tinha conexões internacionais, com transferências de recursos ilícitos para países como China, Estados Unidos e Panamá, entre outros.
O caso ganhou destaque devido à prisão de um policial civil de São Paulo, que também era dono de um banco investigado na operação. Ele foi acusado de envolvimento com a rede criminosa e já havia sido delatado anteriormente por suspeitas de corrupção, incluindo denúncias relacionadas a facções criminosas. Além das prisões, a Justiça Federal determinou o bloqueio de bens e valores de mais de R$ 10 bilhões, afetando empresas e indivíduos ligados ao esquema, enquanto a PF busca novos envolvidos.
Outro ponto relevante foi a morte do empresário que havia delatado o policial e outros membros do grupo, um evento que está sendo investigado pela polícia. A morte, ocorrida no Aeroporto de Guarulhos, gerou especulações sobre envolvimento de facções criminosas, além da possibilidade de queima de arquivo devido à delação premiada do empresário. As investigações seguem em andamento, com a PF focada em identificar e desmantelar completamente o sistema financeiro ilegal.