O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou ser necessário regulamentar as redes sociais no Brasil, considerando o crescente uso dessas plataformas por grupos extremistas para disseminar discursos de ódio. Ele apontou que eventos como a explosão de uma carga em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), ocorrida na noite de quarta-feira, 13, revelam a radicalização de indivíduos que utilizam o ambiente digital para incitar violência. Rodrigues destacou que as redes sociais, hoje sem uma regulação clara, oferecem um espaço onde os extremistas publicam mensagens agressivas sem consequências imediatas.
Rodrigues também mencionou a necessidade de revisar a Lei Antiterrorismo, de 2016, para aprimorar a atuação das forças de segurança. Embora a legislação atual permita diversas ações, ele sugeriu que ajustes são necessários para fortalecer as ferramentas das agências de segurança, especialmente no combate ao terrorismo. Segundo o diretor-geral, o Brasil vive um momento de extrema gravidade, com a presença ativa de grupos extremistas, e é urgente adotar medidas mais eficazes para combater essas ameaças.
O diretor também reforçou que o combate à radicalização digital não é responsabilidade apenas das forças policiais, mas deve envolver toda a sociedade e as instituições. Ele defendeu a importância de mecanismos legais que possibilitem às polícias judiciárias acessar dados de redes sociais, sempre com a devida autorização judicial, como forma de prevenir e responsabilizar ações terroristas.