A Polícia Federal (PF) convocou o tenente-coronel para um novo depoimento, com foco em informações que constam em arquivos recuperados de seu computador, apreendido durante uma operação de busca e apreensão. A investigação busca esclarecer detalhes a partir da delação premiada firmada pelo militar, que deve colaborar com as autoridades, sem omitir informações, sob pena de invalidar o acordo. A PF utilizou uma tecnologia israelense para recuperar dados deletados, o que adicionou novos elementos à apuração.
A intimação acontece em um momento crucial da investigação sobre um suposto plano de golpe, que envolve uma série de agentes públicos e materiais eletrônicos apreendidos, como os encontrados nos aparelhos de um ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência. A PF está analisando essas provas adicionais, o que tem atrasado a conclusão do inquérito. O Supremo Tribunal Federal autorizou a inclusão de mensagens encontradas no computador do ex-ajudante no processo investigativo, pois indicam conteúdos com teor golpista.
Embora o novo depoimento ainda não tenha data marcada, a Polícia Federal considera essencial o esclarecimento de pontos pendentes. A expectativa é que a colaboração do tenente-coronel seja completa, já que ele não pode esconder qualquer informação relevante. A defesa do militar foi contatada pela reportagem, mas ainda não se manifestou sobre o caso.