A Polícia Federal (PF) informou em relatório ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ministro Alexandre de Moraes começou a ser monitorado por militares em novembro de 2022, após uma reunião em que participaram figuras associadas ao então candidato à vice-presidência. A corporação indicou que esse monitoramento foi parte de um plano mais amplo que envolvia a tentativa de golpe de Estado e até a ameaça de assassinato de figuras políticas de destaque, incluindo Moraes e outros membros do governo eleito.
Segundo os delegados da PF, o acompanhamento de Moraes teve início logo após o encontro ocorrido na residência de um general, no qual foram discutidos detalhes operacionais e estratégias de monitoramento. A reunião incluiu militares de diferentes postos, que, conforme investigado, contribuíram diretamente para a organização de ações que visavam a execução de ordens relacionadas ao ministro. Além disso, ficou claro que a rede de informações envolvia fontes humanas com acesso privilegiado a dados sensíveis.
A PF prendeu, na terça-feira (19), cinco indivíduos suspeitos de estarem envolvidos nesse planejamento. O relatório da Polícia Federal foi detalhado e mostra que as ações começaram a ser executadas em Brasília, envolvendo um esquema complexo e articulado com a participação de oficiais da reserva. O caso levanta preocupações sobre a atuação de setores militares e suas conexões com manifestantes que buscaram desestabilizar o governo eleito.