Os pais de um universitário de 22 anos exigem explicações das autoridades sobre a morte de seu filho, ocorrida em uma abordagem da Polícia Militar em São Paulo. O jovem foi baleado durante uma perseguição e os pais alegam que não receberam informações suficientes para entender as circunstâncias da morte. O pai, que é cardiologista, relatou que tentou obter detalhes sobre o disparo para tentar salvar o filho, mas não obteve resposta da corporação. Em entrevista à TV Record, a mãe também cobrou uma resposta do governador estadual, questionando a justificativa para a ação policial e pedindo um pedido de desculpas.
A versão oficial divulgada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) indica que o jovem teria tentado fugir após bater contra uma viatura policial, e que, ao ser abordado, teria investido contra os policiais, o que teria resultado no disparo fatal. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento da abordagem, em que o jovem é derrubado por um policial antes de ser baleado. O caso gerou indignação entre os familiares e a comunidade, que pedem esclarecimentos e responsabilidade por parte das autoridades envolvidas.
As investigações sobre o ocorrido estão em andamento, com a arma do policial apreendida para perícia e os agentes envolvidos afastados enquanto a Corregedoria da Polícia Militar e o Departamento de Homicídios apuram as circunstâncias do disparo. Até setembro de 2024, a polícia paulista havia registrado um aumento significativo no número de mortes em abordagens, com 496 vítimas no ano, o maior número desde 2020. O caso está sendo acompanhado com atenção por diferentes setores da sociedade, que buscam respostas sobre o uso excessivo da força por parte da polícia.