Um relatório divulgado pela Polícia Federal nesta terça-feira (26) revelou que um grupo de militares abandonou um plano para matar autoridades do governo, incluindo um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), devido à falta de apoio das Forças Armadas. A trama envolvia, além da morte de líderes políticos, a tentativa de manter o ex-presidente no poder após a eleição de 2022. O plano foi gestado no final de 2022 e início de 2023, em um contexto de agitação política após a vitória de Lula.
De acordo com a PF, o plano se intensificou no dia 15 de dezembro de 2022, quando os envolvidos estavam em pontos estratégicos de Brasília, preparados para executar suas ações. No entanto, a operação foi interrompida após uma troca de mensagens entre os conspiradores, indicando a falta de apoio de lideranças chave das Forças Armadas e do governo. Esse momento marcou uma reviravolta no planejamento golpista, que não avançou devido à resistência interna.
O relatório ainda revelou detalhes de conversas entre militares, incluindo uma mensagem de áudio de um dos envolvidos ao então secretário-geral da Presidência. O áudio detalhava a situação política do momento e mencionava a intenção de informar o presidente sobre o apoio de algumas figuras militares à ruptura institucional, mas a falta de adesão consolidou a desistência do plano. A operação falhou por não conseguir o respaldo necessário dentro das instituições militares e governamentais.