O governo federal anunciou um pacote de medidas com o objetivo de economizar R$ 70 bilhões em gastos públicos nos próximos dois anos. Entre as ações previstas estão a limitação do crescimento anual do salário mínimo, mudanças no abono salarial e o combate aos supersalários no funcionalismo público. Essas iniciativas fazem parte de um esforço para conter o desequilíbrio fiscal, reforçando o compromisso com a responsabilidade nas contas públicas. O plano ainda precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional.
Além das medidas de corte de gastos, o governo propõe mudanças nas regras orçamentárias, como limitar o crescimento das emendas parlamentares e destinar 50% das emendas de comissões do Congresso à saúde pública, fortalecendo o SUS. Outro destaque é o ajuste tributário que prevê maior contribuição de quem tem renda superior a R$ 50 mil por mês, respeitando padrões internacionais, sem aumentar os gastos do governo. Também foi anunciada a ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais, beneficiando parte da classe média.
O pacote busca, ainda, combater privilégios no setor público ao ajustar os supersalários que excedem o teto constitucional. Em paralelo, foi enfatizada a necessidade de reduzir a inflação e o custo da dívida pública, com foco em juros mais baixos e maior justiça tributária. O governo defende que as medidas, embora desafiadoras, são essenciais para garantir a estabilidade econômica e promover avanços sociais, assegurando um Brasil mais equilibrado e justo no futuro.