A Polícia Federal revelou a existência de um plano elaborado por militares em 2022, intitulado “Punhal Verde e Amarelo”, que previa a formação de um gabinete de crise com o objetivo de gerenciar ações após um golpe de Estado. Entre as diretrizes estavam a pacificação do país, a influência na opinião pública e o controle da comunicação governamental. O plano ainda buscava o apoio de instâncias jurídicas e políticas para legitimar o ato, além de ações coordenadas entre ministérios e articulações parlamentares.
De acordo com as investigações, o gabinete seria liderado por militares de alta patente e incluiria braços especializados para monitorar decisões legislativas e assegurar apoio político ao decreto de ruptura. Havia ainda a intenção de criar uma rede de inteligência com informações provenientes de instituições públicas e civis, reforçando o gerenciamento estratégico da crise. O plano foi abortado após mudanças inesperadas no cenário político e institucional.
Os indiciamentos relacionados ao caso geraram respostas diversas, incluindo a alegação de difusão indevida de informações e manifestações de perplexidade por parte de pessoas citadas no inquérito. A investigação segue apontando para uma complexa articulação estratégica, com objetivos detalhados para o gerenciamento de uma potencial ruptura institucional.