A Polícia Federal revelou um plano golpista elaborado em novembro de 2022, logo após as eleições, que visava desestabilizar o governo eleito por meio de ações violentas. As investigações apontam que a articulação envolvia militares da reserva e discussões estratégicas em reuniões realizadas em residências oficiais. O plano incluía até mesmo a criação de um Gabinete de Crise para consolidar o controle militar, com decretos específicos para sustentar as ações após um golpe de Estado. O uso de codinomes e linhas de comunicação não rastreáveis ilustra a tentativa de ocultar as operações.
Entre os detalhes do plano, destacam-se propostas para assassinatos de autoridades utilizando métodos como explosivos e envenenamento, além do monitoramento de trajetos e eventos públicos. Um episódio em particular, ocorrido em dezembro de 2022, relatou a mobilização de militares para a possível captura de uma figura de destaque do judiciário. Contudo, a operação foi abortada devido a mudanças inesperadas na agenda da suposta vítima. Mensagens interceptadas indicam a complexidade do planejamento e o cuidado em manter as ações fora do radar das autoridades.
As evidências apresentadas pela PF incluem documentos impressos e mensagens de áudio que descrevem os detalhes do plano e suas justificativas estratégicas. O plano golpista, que contava com um alto grau de sofisticação, previa até mesmo mortes de integrantes do próprio grupo como efeito colateral. Até o momento, as principais figuras envolvidas e citadas nas investigações não se manifestaram publicamente sobre o caso, enquanto as autoridades seguem aprofundando as investigações.