A Polícia Federal identificou um plano detalhado e com características terroristas que visava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice Geraldo Alckmin, eleitos em 2022. Durante a investigação, documentos foram encontrados com propostas que incluíam o uso de armamento pesado, explosivos e até envenenamento para neutralizar autoridades, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Esses planos teriam sido elaborados em novembro de 2022 e envolveriam a execução de ações de alto risco, com potencial para causar diversas mortes, inclusive de militares envolvidos.
O relatório da Operação Contragolpe indica que os documentos foram impressos no Palácio do Planalto e levados ao Palácio da Alvorada, residência oficial do então presidente. As investigações revelam a criação de estratégias com ampla riqueza de detalhes, incluindo a formação de um gabinete de crise para operacionalizar a trama. Apesar das graves implicações, o ex-presidente Jair Bolsonaro não foi citado como investigado. O plano também incluía medidas para a prisão de ministros do STF, mas algumas ações foram canceladas antes de serem realizadas.
A divulgação do caso provocou debates sobre as implicações legais de atos preparatórios de crimes. Autoridades e parlamentares se posicionaram, com alguns ressaltando a necessidade de legislações mais específicas para punir tais condutas. A Polícia Federal segue avançando na análise dos documentos e coletando depoimentos dos envolvidos, mantendo o espaço aberto para manifestações das defesas. O episódio levanta questões sobre a segurança institucional e os limites das ações políticas extremistas no Brasil.