A intensa seca que afeta o Amazonas tem trazido grandes desafios para piscicultores em áreas como Rio Preto da Eva, onde a falta de chuvas secou nascentes que abastecem tanques de peixes, comprometendo a produção e levando à mortalidade de animais. Com o nível de água reduzido e a qualidade comprometida, produtores locais enfrentam prejuízos significativos, exigindo soluções rápidas para manter a atividade. Em meio a esse cenário, piscicultores têm buscado estratégias de mitigação, recorrendo a tecnologias como poços artesianos e energia solar para suprir a escassez de água.
Diante do aumento nos custos de produção e da queda de produtividade, soluções sustentáveis se tornaram essenciais para minimizar perdas. Piscicultores como Antônio Leandro e José Gil Tavares relataram as dificuldades enfrentadas com o manejo da água, devido ao rápido aquecimento nos tanques e ao impacto negativo sobre a saúde dos peixes. Investimentos em tecnologias de baixo custo, como bombeamento frequente e manejo intensivo, têm sido a única alternativa viável, embora a sustentabilidade dessas práticas dependa de recursos financeiros ainda mais escassos neste momento de crise hídrica.
O Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal do Estado do Amazonas (IDAM) destaca a importância do crédito rural para que piscicultores possam acessar tecnologias de suporte à produção durante a estiagem prolongada. Além de reforçar a necessidade de linhas de crédito específicas, especialistas alertam para os efeitos da evaporação intensa nos tanques durante o verão amazônico, que agrava ainda mais a situação. Enquanto aguardam a chegada das chuvas para reverter as perdas, os piscicultores seguem na luta por alternativas que garantam a viabilidade de suas atividades.