A investigação conduzida pela Polícia Federal sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022 avançou para a Procuradoria-Geral da República (PGR), que terá a responsabilidade de decidir os próximos passos do caso. O relatório, com 884 páginas, detalha possíveis crimes e será analisado pelo procurador Paulo Gonet e sua equipe, com previsão de desfecho em 2025. Entre as opções, a PGR pode apresentar denúncia, solicitar novas diligências ou arquivar a investigação.
A denúncia formal poderá incluir crimes inicialmente apontados pela PF, como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa, mas o Ministério Público tem autonomia para revisar a tipificação dos delitos e o rol de indiciados. O processo ainda poderá reunir informações de investigações paralelas sobre outros casos relacionados. Caso a denúncia seja aceita pelo Supremo Tribunal Federal, os acusados passam à condição de réus e seguem para julgamento, onde as provas serão analisadas para definir possíveis condenações ou absolvições.
Além da análise do relatório, a PGR pode solicitar investigações adicionais se identificar lacunas nos dados fornecidos pela Polícia Federal. Por outro lado, o caso pode ser arquivado se não houver indícios suficientes de crime, com possibilidade de reabertura diante de novas provas. Este inquérito reflete um desdobramento significativo em apurações sobre a manutenção da ordem democrática e possíveis articulações para interferir nos resultados eleitorais e na estabilidade das instituições brasileiras.