A Polícia Federal (PF) analisa se precisará convocar novamente o tenente-coronel Mauro Cid para prestar depoimento no inquérito que investiga um suposto plano de golpe de Estado no Brasil. Nos estágios finais da investigação, a PF examina materiais apreendidos de dispositivos eletrônicos de Cid e do deputado Alexandre Ramagem, antigo diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo anterior. Em meio às análises, novas mensagens com teor considerado golpista foram recuperadas, o que ampliou a necessidade de mais investigações e possíveis esclarecimentos adicionais.
Essas mensagens e outros materiais, originalmente apagados dos aparelhos de Cid, foram restaurados com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) e incluídos no inquérito. A PF estuda a relevância de um novo depoimento de Cid para esclarecer o conteúdo recuperado, embora essa decisão dependa dos resultados das análises em andamento. Fontes indicam que, se houver necessidade de mais esclarecimentos, o militar poderá ser intimado a prestar novo depoimento.
Ramagem, ouvido no último dia 5, afirmou não se lembrar de mensagens ou e-mails encontrados em seus dispositivos, nos quais supostamente orientava o ex-presidente a questionar a integridade das urnas eletrônicas. A PF também coleta depoimentos de outros militares para averiguar o possível envolvimento em atos de conluio relacionados ao suposto plano de golpe. A investigação segue na fase final, com a previsão de novas deliberações baseadas nas evidências recém-recuperadas.