O petróleo fechou em alta de quase 3% nesta segunda-feira, com investidores reagindo à decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEC+) de adiar os aumentos de produção até o início de 2025. A notícia também foi influenciada por eventos recentes no Oriente Médio, mantendo o setor em alerta.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro subiu 2,84%, atingindo US$ 71,47 o barril, enquanto o Brent para janeiro na Intercontinental Exchange (ICE) ganhou 2,70%, chegando a US$ 75,08 o barril. A extensão dos cortes voluntários de produção de 2,2 milhões de barris por dia até o fim de dezembro de 2024, anunciada em Abu Dhabi pelo secretário-geral Haitham Al Ghais, refletiu otimismo da OPEC+ em relação à demanda global pela commodity.
Especialistas como Kieran Tompkins, da Capital Economics, acreditam que a decisão terá um impacto marginal no fornecimento de 2025, mas alertam que a OPEC+ enfrenta desafios para manter os preços elevados e recuperar sua participação de mercado. A postergação dos aumentos de produção pode levar a uma maior intervenção na política petrolífera, aumentando o risco de inundação do mercado no futuro. Além disso, investidores estão atentos às tensões no Oriente Médio, com relatos de que o Irã planeja uma resposta complexa aos ataques de Israel, o que pode afetar ainda mais o cenário global do petróleo.