Os contratos futuros de petróleo registraram queda acentuada na sexta-feira (15), refletindo a pressão de fatores como a desaceleração da demanda global e o aumento dos estoques de petróleo nos Estados Unidos. O barril do petróleo WTI, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), caiu 2,44%, fechando a US$ 67,02, enquanto o Brent, da Intercontinental Exchange (ICE), recuou 2,09%, a US$ 71,04. Na semana, ambos os contratos também apresentaram perdas significativas, com o WTI despencando 4,7% e o Brent 3,8%, influenciados pela valorização do dólar, que tornou o petróleo mais caro para países fora da zona do dólar.
Além disso, o cenário de incerteza no mercado de petróleo é agravado pela desaceleração da economia chinesa, principal consumidor da commodity, e pela expectativa de um possível excedente global de oferta no próximo ano. Esses fatores, combinados com a força do dólar, geram um sentimento negativo nos mercados, com investidores preocupados com a evolução da demanda e as perspectivas de preços mais baixos. O fortalecimento do dólar após a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos é visto como um fator adicional que contribui para essa tendência.
O mercado também acompanha de perto as implicações de uma possível segunda presidência de Trump, com a expectativa de que uma política externa mais agressiva, incluindo sanções mais rigorosas ao Irã, poderia restringir a oferta de petróleo e impedir que os preços caíssem ainda mais. A longo prazo, analistas sugerem que mudanças nas políticas ambientais e o aumento da exploração de petróleo e gás nos EUA podem afetar os preços, embora esses efeitos só sejam sentidos de forma significativa a partir de 2026. A OPEP+ também se prepara para sua reunião de dezembro, onde discutirá esses e outros fatores que impactam a oferta e demanda no mercado global de petróleo.