A Petrobras anunciou a previsão de distribuir R$ 64,2 bilhões em dividendos aos acionistas em 2024, incluindo R$ 20 bilhões em dividendos extraordinários aprovados recentemente. A decisão foi baseada no planejamento estratégico da companhia e em uma análise detalhada de suas necessidades financeiras, investimentos e operações, segundo o diretor financeiro da empresa. O executivo ressaltou que o valor foi definido para manter um caixa equilibrado, sem comprometer os objetivos traçados para o período de 2025 a 2029.
No planejamento estratégico divulgado, a Petrobras sinalizou a intenção de pagar entre US$ 45 e 55 bilhões em dividendos ordinários entre 2025 e 2029, com possibilidade de distribuir valores extraordinários dependendo das condições financeiras. A decisão atual de liberar dividendos adicionais ocorre em um momento estratégico para o governo, que busca zerar o déficit fiscal em 2024 e depende, em parte, desses recursos, dado que possui 36,6% das ações da estatal diretamente ou por meio do BNDES.
A distribuição extraordinária dos dividendos gerou debates entre as áreas política e econômica do governo, evidenciando divergências internas. Após uma série de negociações, foi aprovado um modelo parcial que equilibra os interesses das partes envolvidas, sem comprometer os objetivos de longo prazo da Petrobras. A estatal afirma que a decisão é robusta e alinha-se ao seu plano de crescimento e sustentabilidade.