A Refinaria Abreu e Lima, da Petrobras, localizada em Ipojuca (PE), prepara-se para iniciar a operação da unidade Snox, uma tecnologia que promete reduzir significativamente a emissão de gases poluentes como óxidos de enxofre (SOx) e de nitrogênio (NOx), transformando-os em ácido sulfúrico para comercialização. Prevista para iniciar ainda em dezembro, essa unidade, primeira do tipo nas Américas, é considerada uma inovação tecnológica na área de tratamento ambiental em refinarias. Além de minimizar o impacto ambiental, a produção de ácido sulfúrico já conta com um contrato de venda firmado para o tratamento de água, gerando uma nova fonte de receita para a empresa.
A Snox, construída ao custo de R$ 520 milhões, possibilitará que a Abreu e Lima expanda sua capacidade de refino para até 115 mil barris de petróleo diários, permitindo maior produção de diesel S-10, combustível com menor teor de enxofre e alto valor no mercado interno. A tecnologia também gera vapor, reduzindo o consumo de gás na refinaria. Parte de um projeto estratégico para fortalecer a capacidade de produção nacional, a iniciativa reflete o compromisso da Petrobras em alinhar suas operações a normas ambientais, bem como em reduzir a dependência de importação de diesel, beneficiando a balança comercial do país.
Além disso, a refinaria se prepara para um processo de “revamp,” uma atualização de infraestrutura que elevará sua capacidade de refino para até 130 mil barris por dia até 2025, e a conclusão do projeto Trem 2 até 2028 aumentará esse volume. A iniciativa está integrada a um plano de investimentos em refino, com previsão de expansão de 225 mil barris por dia para o Brasil nos próximos anos.