A Petrobras divulgou seu plano quinquenal para o período de 2025-2029, que inclui a perfuração de 51 novos poços de petróleo, com um orçamento total de US$ 7,9 bilhões. Deste valor, a maior parte será direcionada às bacias do Sudeste e Sul, com 25 poços, e à Margem Equatorial, onde serão perfurados 15 poços. Além disso, a empresa prevê investimentos em exploração internacional, como na Colômbia, África do Sul, e outros países. O objetivo da companhia é recompor suas reservas, já que os grandes campos do pré-sal devem entrar em declínio a partir de 2030.
Em relação à Margem Equatorial, a Petrobras ainda aguarda a aprovação de licenças ambientais para avançar com a perfuração na bacia da Foz do Amazonas, uma área de grande potencial, mas que depende de uma avaliação ambiental rigorosa. O Ministério Público Federal (MPF) do Amapá tem pressionado a empresa e o Ibama a cumprirem todas as exigências legais para evitar danos ambientais, destacando que o processo tem se arrastado sem a devida definição desde 2020.
O estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) aponta que a exploração da bacia da Foz do Amazonas poderia aumentar em até 30% as reservas de petróleo do Brasil, com um volume de 5,1 bilhões de barris de óleo recuperável. A EPE também destacou que a última perfuração na área ocorreu em 2011, evidenciando a necessidade de retomar os investimentos para ampliar a capacidade de produção e garantir a segurança energética do país a longo prazo.