Após a vitória de Donald Trump nas eleições de 2024, pesquisadores começaram a investigar por que as pesquisas eleitorais voltaram a subestimar seu apoio entre os eleitores americanos. Antes da eleição, as sondagens indicavam que Trump estava atrás de Kamala Harris por um ponto percentual, mas, com os resultados finais, ele superou Harris por 2 pontos percentuais. Essa discrepância de 3 pontos reflete um padrão repetido desde as eleições de 2016 e 2020, quando as pesquisas também subestimaram sua margem de vitória, o que gerou questionamentos sobre a precisão dessas medições.
Especialistas apontam que as dificuldades em alcançar eleitores de Trump podem ser um dos principais fatores para as imprecisões das pesquisas. Muitos de seus apoiadores são menos propensos a responder a pesquisas, o que complica o trabalho dos pesquisadores. Além disso, questões como a diminuição das taxas de resposta, o aumento de contatos não solicitados, como spam por e-mail e mensagens de texto, e a crescente desconfiança nas pesquisas também são mencionadas como obstáculos para uma coleta precisa de dados. Essas dificuldades foram observadas principalmente em estados decisivos como a Pensilvânia, Wisconsin e Michigan, onde as pesquisas falharam em refletir com precisão o apoio ao ex-presidente.
Embora os erros nas pesquisas eleitorais continuem a gerar discussões, alguns pesquisadores sugerem que, apesar das discrepâncias, o trabalho de previsão das pesquisas ainda é valioso, visto que as margens de erro são pequenas e dentro dos padrões estatísticos. No entanto, muitos reconhecem que o cenário eleitoral atual é mais desafiador, com mudanças na forma como os eleitores se envolvem com as pesquisas e uma maior complexidade na demografia eleitoral. As mudanças nas metodologias das pesquisas, como a utilização de abordagens híbridas de e-mail e telefone, têm sido testadas, mas ainda não garantem uma solução definitiva para melhorar a precisão nas eleições presidenciais.