Pesquisadores descobriram novos detalhes sobre a origem da lápide mais antiga conhecida nos Estados Unidos, frequentemente chamada de Lápide do Cavaleiro, que foi colocada na segunda igreja de Jamestown, Virgínia, em 1627. Através da análise de microfósseis encontrados no calcário da lápide, os cientistas identificaram que os organismos preservados eram de origem europeia. Essas evidências, aliadas a registros históricos, sugerem que a lápide pode ter sido parte de um próspero comércio de exportação de lápides na Bélgica, o que marca uma nova compreensão sobre sua trajetória até a América.
Acredita-se que a lápide pertença a um destacado governante colonial e que sua aquisição teria sido um sinal de status, visto que pedras desse tipo eram pesadas e custosas para serem transportadas. Os especialistas enfatizam que a presença dessa lápide em Jamestown, onde sepulturas do século 17 costumam ser não marcadas, é uma descoberta rara que lança luz sobre os rituais funerários dos primeiros colonos. Além disso, o estudo destaca o papel de Jamestown no comércio transatlântico e as interações sociais que moldaram a América moderna.
Atualmente, uma escavação realizada em 2018 sugere que restos encontrados na sepultura da segunda igreja podem pertencer ao governador mencionado, com a análise de DNA dos ossos em andamento para confirmar essa hipótese. A pesquisadora Mary Anna Hartley ressalta a importância histórica de Jamestown, não apenas por seu papel na colonização, mas também pelas interações multiculturais que ali ocorreram, representando as bases da cultura americana contemporânea.