Um grupo de pesquisadores brasileiros desenvolveu a primeira caneta de adrenalina autoinjetável do país, uma solução voltada ao tratamento de anafilaxia, uma reação alérgica grave e potencialmente fatal. O dispositivo permite que o próprio paciente aplique a medicação em casos de emergência, possibilitando uma resposta rápida e eficiente. Até então, esse tipo de produto só estava disponível por meio de importação, com custos elevados, inacessíveis para grande parte da população.
O projeto é liderado por uma equipe da Fiocruz, que adaptou o dispositivo já disponível no exterior, onde existem modelos genéricos e mais acessíveis. Com o apoio da Anvisa e em colaboração com a agência norte-americana FDA, a equipe busca aprovação para tornar a caneta disponível no Brasil em até 11 meses. A redução de custos é um objetivo importante, e o novo dispositivo brasileiro deverá chegar ao mercado com um valor estimado de R$ 400, bem mais acessível que as versões importadas.
Especialistas alertam para o aumento de casos de alergias no Brasil, incluindo a anafilaxia, que tem afetado principalmente crianças com alergia alimentar e adultos em reação a medicamentos. A caneta autoinjetável brasileira surge como uma solução essencial para tornar o tratamento mais acessível e seguro, permitindo que qualquer pessoa aplique a medicação rapidamente em situações de emergência, salvando vidas e reduzindo o impacto de crises alérgicas graves.