Desde a produção em massa de plásticos na década de 1950, os microplásticos se tornaram uma preocupação ambiental crescente, devido à sua durabilidade e impacto negativo no planeta. Em busca de soluções inovadoras, pesquisadores propuseram uma abordagem para transformar polímeros de condensação em combustíveis, utilizando compostos orgânicos chamados transportadores de hidrogênio. Esses transportadores permitem armazenar hidrogênio, que é então utilizado para decompor o tereftalato de polietileno (PET) em p-xileno, uma substância química essencial na produção de combustíveis.
O estudo destacou o uso do metanol como elemento-chave no processo, tanto para quebrar o PET em componentes menores quanto para transportar o hidrogênio de forma eficiente. A aplicação de catalisadores, como a mistura de cobre, zinco e zircônio (Cu/ZnZrOₓ), acelerou as reações químicas, tornando o processo mais rápido e sustentável. Essa abordagem elimina desafios associados ao armazenamento e transporte de hidrogênio puro, além de propor uma solução viável para o gerenciamento de resíduos urbanos.
Os pesquisadores acreditam que essa tecnologia pode mudar a economia ao reduzir a dependência de combustíveis fósseis, promovendo o reaproveitamento de resíduos plásticos como fontes de energia. A utilização de metanol como vetor de hidrogênio apresenta vantagens econômicas e ambientais, destacando-se como uma estratégia inovadora para sustentabilidade na indústria química e para a valorização de resíduos em áreas urbanas.