Um estudo recente da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) revelou diferenças marcantes na qualidade das rodovias brasileiras, com destaque para a superioridade da infraestrutura viária na região Sudeste. Estados como São Paulo e Rio de Janeiro abrigam os melhores trechos rodoviários, como as SP 21, SP 99 e SP 070, resultado da concessão à iniciativa privada e de uma gestão mais eficiente. Essas rodovias privadas são frequentemente associadas a níveis superiores de manutenção e segurança, oferecendo uma experiência mais positiva aos usuários.
Em contrapartida, a pesquisa apontou condições precárias nas rodovias do Nordeste, que continuam majoritariamente sob gestão pública. Exemplos como a AC 10 e a PE 096 demonstram problemas graves de infraestrutura, incluindo erosões e quedas de pontes, comprometendo a segurança e a mobilidade. Apesar desse cenário preocupante, houve uma redução de 7,6% nos pontos críticos em todo o país entre 2023 e 2024, sinalizando um esforço contínuo para melhorias.
O levantamento ressalta a importância de investimentos e de modelos de gestão eficazes para garantir estradas seguras e funcionais em todas as regiões do Brasil. A disparidade observada reflete não apenas desigualdades regionais, mas também a relevância de políticas públicas e privadas na melhoria da infraestrutura viária nacional.