A pesquisa Brand Inclusion Index 2024, realizada pela Kantar Insights, revelou que 61% dos brasileiros negros (pretos e pardos) sofreram discriminação no último ano, com os ambientes de trabalho, locais públicos e estabelecimentos comerciais se destacando como os mais hostis. A pesquisa, que incluiu mulheres, negros, pessoas com deficiência (PCDs) e a comunidade LGBTQIA+, buscou entender como essas minorias percebem os esforços de marcas em promover diversidade, equidade e inclusão.
Os dados indicam que 86% dos negros consideram essencial que as empresas promovam ativamente esses valores, seja internamente ou de forma mais ampla. Marcas como Natura, Avon e Nike foram reconhecidas por seu papel positivo na representatividade negra e pela oferta de produtos que atendem às necessidades de consumidores não brancos. No entanto, apenas 20% dos entrevistados sentem que estão sempre representados nos meios de comunicação, enquanto 69% disseram se ver ocasionalmente, e 6% nunca se identificam.
Casos de discriminação, como o relatado por Kleber Pessoa, que foi seguido por um funcionário em uma loja, destacam a persistência de estereótipos que associam pessoas negras a comportamentos criminosos. Incidentes semelhantes são comuns, com alguns resultando em investigações e denúncias públicas. A pesquisa revela uma realidade preocupante, mas também reforça a importância de práticas inclusivas e de conscientização para combater o racismo estrutural no Brasil.