Pequim enfrenta um dilema complexo em suas relações com a Rússia e a Coreia do Norte, aliados que estão sob sanções internacionais e geram crescente preocupação no Ocidente. A cidade de Fangchuan, no extremo nordeste da China, se tornou um ponto turístico onde visitantes podem observar a Coreia do Norte e a Rússia, simbolizando a proximidade entre os três países. Contudo, essa aliança suscita desafios para a China, que busca manter um controle sobre a Coreia do Norte enquanto lidam com as ações de Moscou e Pyongyang no cenário internacional.
A aliança entre os líderes russo e norte-coreano tem intensificado os temores globais, especialmente após recentes relatos de que a Coreia do Norte estaria mobilizando tropas para apoiar a Rússia na invasão da Ucrânia. Especialistas afirmam que a relação entre Kim Jong-un e Vladimir Putin se fortaleceu, criando uma nova dinâmica que pode comprometer os interesses de Pequim. Xi Jinping, ao tentar equilibrar a situação, enfrenta o desafio de manter a estabilidade na região sem comprometer as relações com seus aliados.
A dependência da Coreia do Norte em relação à China, que responde por mais de 90% do seu comércio exterior, é um fator crucial nesse cenário. Historicamente, a China foi o principal suporte do regime norte-coreano, mas a crescente aproximação entre Pyongyang e Moscou levanta questões sobre a eficácia dessa aliança. A incerteza sobre o futuro das relações entre esses países é preocupante para Pequim, que tem interesse em evitar uma maior instabilidade na região do Leste Asiático.