O PSOL protocolou duas representações na Câmara dos Deputados pedindo a cassação de dois parlamentares por envolvimento em atos investigados pela Operação Contragolpe. A operação, realizada pela Polícia Federal, revelou planos de atentado contra lideranças do Executivo e do Judiciário, além de indiciar diversos envolvidos. O partido argumenta que os parlamentares cometeram graves infrações éticas e atentaram contra os princípios do Estado Democrático de Direito.
Na representação contra um dos deputados, o PSOL aponta sua inclusão no rol de indiciados pela Polícia Federal e o atribui a condutas como tentativa de golpe de Estado e espionagem ilegal. A legenda enfatiza que tal comportamento desrespeita valores constitucionais, comprometendo a integridade do mandato e a imagem da Câmara. Já no caso do outro parlamentar, o foco recai sobre as ações de um assessor próximo, também indiciado, sugerindo conivência ou omissão diante de atividades ilícitas.
O Conselho de Ética da Câmara, responsável por julgar as denúncias, segue um rito que inclui a designação de relator, análise de defesa, e votação de parecer, com prazo de 90 dias. Para que haja cassação, o plenário também precisa aprovar a decisão. O processo é visto como crucial para a preservação da ética parlamentar e a confiança pública nas instituições legislativas.