Em 2023, a participação da China no estoque de Investimento Direto no Brasil (IDP) caiu para o menor nível em sete anos, representando apenas 4,28% do total, o que a colocou como a sétima maior fonte de investimentos no país. Esse declínio reflete uma diminuição significativa em relação ao ano anterior, quando o país asiático ocupava o quinto lugar. Embora a China continue sendo o principal parceiro comercial do Brasil, especialmente nas áreas de exportações agrícolas, de mineração e energia, o peso das empresas chinesas como investidoras no Brasil permanece modesto comparado aos investimentos vindos dos Estados Unidos e da Europa, que têm uma presença histórica no país.
Por outro lado, os Estados Unidos ampliaram sua participação no IDP, alcançando um recorde de 34% do total em 2023, com um aumento de 56% no valor dos investimentos em comparação com o ano anterior. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelos setores financeiros, de seguros e serviços relacionados, consolidando os EUA como a principal fonte de investimentos no Brasil. Esse fenômeno reflete um fortalecimento da relação política e econômica entre os dois países, com o Brasil buscando diversificar suas parcerias internacionais, tanto com os Estados Unidos quanto com a China, para estimular o crescimento econômico.
Especialistas observam que, apesar da queda na participação da China, acordos recentes nas áreas de infraestrutura e energia podem melhorar a posição do país nos próximos anos. No entanto, a concretização desses investimentos tende a ser gradual, o que torna difícil prever um impacto imediato. A relação do Brasil com os EUA, por sua vez, também segue em evolução, com políticas internas e externas influenciando o fluxo de investimentos, especialmente em um cenário de mudanças políticas globais e nacionais.