Parlamentares alinhados ao ex-presidente buscam acelerar o avanço de projetos de lei que propõem a anistia aos condenados pelos atos violentos de 8 de janeiro de 2023. Entre as propostas, destaca-se a criação do Dia Nacional do Preso Político, uma medida que gerou forte controvérsia. No entanto, o debate perdeu força na Câmara após a decisão do presidente da Casa, Arthur Lira, de transferir a discussão para uma comissão especial, o que atrasou o andamento do tema.
A manobra de Lira teve como objetivo evitar que o polêmico assunto da anistia contaminasse outras negociações políticas importantes, como a eleição de seu possível sucessor. Hugo Motta, nome forte para a presidência da Câmara, tem o apoio de diferentes partidos, incluindo aliados do ex-presidente. No entanto, ainda não há garantias de que a anistia será votada até o final do ano, e o PT aposta que a medida perderá força na comissão especial.
Enquanto isso, no Senado, uma proposta de emenda constitucional sobre o tema segue sem relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), assim como outros projetos de lei relacionados. A proposta que prevê o Dia Nacional do Preso Político também está parada na Câmara, aguardando a designação de um relator na Comissão de Cultura.