A presidente da Comissão de Justiça e Cidadania da Câmara, que tem pautado projetos da agenda conservadora, incluindo um que visa dificultar o aborto, tem enfrentado ameaças de morte após essas discussões ganharem visibilidade. De acordo com informações, as ameaças têm chegado por diversos meios, como e-mail e redes sociais, incluindo mensagens com o endereço da parlamentar e ameaças públicas. Em resposta, a segurança da parlamentar foi reforçada pelo governo de Santa Catarina, que disponibilizou escolta para sua proteção. No entanto, em Brasília, a Câmara ainda não confirmou o aumento da segurança para a deputada.
Além das ameaças diretas, fontes indicam que a escalada de tensão também está relacionada a debates em torno de outros projetos, como a famosa pauta conhecida como “escala 6×1”, que tem gerado divisões políticas. Enquanto a oposição critica essa proposta, parlamentares da base governista têm defendido sua votação. O clima de insegurança aumentou no Congresso Nacional nos últimos meses, com parlamentares e autoridades destacando um crescente número de pedidos de segurança adicional, após incidentes violentos, como o ataque no aeroporto de Guarulhos.
A situação reflete um ambiente de crescente polarização política, no qual ameaças e ataques verbais têm se tornado frequentes, gerando preocupação entre os representantes eleitos e as autoridades responsáveis pela segurança. Enquanto alguns parlamentares já contam com escolta policial, o Congresso continua intensificando os treinamentos das forças de segurança para lidar com os novos desafios apresentados pela violência política. A situação também levanta questionamentos sobre a efetividade das medidas de proteção aos parlamentares, especialmente diante do aumento das ameaças à integridade física dos mesmos.