Familiares de presos políticos na Venezuela reuniram-se em frente ao Ministério Público em Caracas para exigir a libertação de 225 detidos, anunciada pelo governo, mas com registros de apenas 140 casos concretizados. A mobilização incluiu a assinatura de um documento pedindo medidas humanitárias para que possam passar o Natal com seus entes queridos. Os familiares também destacaram as condições precárias nos centros de detenção, como a falta de alimentos e água, além da angústia vivida fora das prisões à espera de uma resolução.
O governo venezuelano, por meio do presidente e do procurador-geral, havia prometido revisar os casos de cada detido, o que gerou esperança entre os familiares, mas muitos afirmam que os benefícios foram limitados apenas a pessoas com problemas de saúde. Organizações como o Comitê para a Liberdade dos Presos Políticos e o Foro Penal Venezuelano denunciam acusações de terrorismo e incitação ao ódio, que, se confirmadas, podem resultar em penas severas. Até o momento, as autoridades ainda não apresentaram respostas claras sobre as demandas ou explicações sobre os casos pendentes.
A situação ocorre em um contexto de tensão pós-eleitoral, com protestos massivos contestando os resultados e denúncias de irregularidades. Milhares de detenções foram registradas, muitas delas sob acusação de obstrução de vias públicas e desordem. Caso as libertações não avancem, os familiares planejam uma marcha até o Palácio Presidencial de Miraflores em 1º de dezembro, reforçando o apelo por justiça e um Natal sem presos políticos no país.