A Parada do Orgulho LGBTI+ no Rio de Janeiro é um dos maiores eventos da cidade, movimentando significativamente a economia local. Segundo dados da Escola Superior de Propaganda e Marketing, a parada gera entre R$ 25 milhões e R$ 30 milhões em arrecadação de impostos, contribuindo diretamente para o orçamento público. Cláudio Nascimento, presidente do Grupo Arco Íris, organizador do evento, destaca a importância de o governo reconhecer essa contribuição e garantir apoio para a realização do evento com a infraestrutura e dignidade necessárias. Ele defende que a parada seja tratada como um evento de interesse cultural e histórico, com o devido financiamento público.
Além da relevância econômica, a parada tem um papel importante na luta contra a discriminação e na promoção da inclusão. Deputados e vereadores, como Jandira Feghali e Mônica Benício, ressaltam a necessidade de garantir visibilidade política para o evento, inserindo-o no calendário oficial da cidade. Para Feghali, é fundamental que o evento seja valorizado, enquanto Benício propõe que a parada seja reconhecida como um marco cultural para garantir o acesso a políticas públicas e recursos que assegurem a continuidade da celebração. Ambas as parlamentares enfatizam a importância da união da comunidade LGBTI+ e de suas lutas para fortalecer a democracia.
O evento também destaca histórias pessoais de superação e apoio familiar, como a do artista Diego Martins, que teve o privilégio de contar com o apoio de sua família desde a infância, algo raro para muitos membros da comunidade. Jovanna Baby, importante figura do movimento trans no Rio, vê a crescente presença de parlamentares LGBTI+ como uma reparação histórica, celebrando as vitórias alcançadas ao longo das últimas três décadas. Durante a parada, o Coro Arco Íris por Prazer prestou homenagens à cantora Preta Gil, destacando a importância da arte e da cultura na mobilização social da comunidade LGBTI+.