A equipe econômica do governo federal está prestes a anunciar um pacote fiscal com o objetivo de reduzir os gastos públicos em até R$ 30 bilhões no próximo ano. O plano, que será revelado oficialmente após a cúpula do G20 no Rio de Janeiro e a visita do presidente chinês Xi Jinping, também prevê uma economia de R$ 40 bilhões para 2026. Entre as principais medidas estão o reajuste do salário mínimo, com limites de ganho real variando entre 0,6% e 2,5%, e restrições a programas sociais como o Bolsa Família. O governo também está discutindo cortes em áreas como Saúde, Educação e Defesa, o que gerou resistência de alguns parlamentares.
A proposta foi já apresentada aos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, e o governo busca o apoio dos ministérios das áreas sociais para justificar a necessidade desses ajustes fiscais. A inclusão do Ministério da Defesa entre os cortes gerou críticas, principalmente de alguns parlamentares que consideram que essas medidas podem impactar negativamente a qualidade de vida da população. A senadora Zenaide Maia, por exemplo, expressou preocupações sobre os efeitos dos cortes na saúde e na educação.
Apesar das críticas, o presidente do Senado afirmou que o Congresso se empenhará na aprovação da proposta com o mesmo esforço dedicado à reforma tributária. A discussão sobre a eficiência do gasto público e a necessidade de uma reforma administrativa continua a ser um tema central, enquanto o governo tenta equilibrar suas contas e restaurar a confiança dos investidores. Especialistas alertam, no entanto, que medidas de austeridade podem ter consequências adversas a longo prazo, especialmente se não forem acompanhadas de reformas que incentivem o crescimento econômico sustentável.