O preço do ouro registrou uma alta pela segunda sessão consecutiva, nesta quarta-feira, 27, alcançando US$ 2.639,90 a onça-troy, impulsionado pela desvalorização do dólar frente a moedas rivais e pela persistente instabilidade geopolítica. A combinação de tensões no Oriente Médio e na Europa, incluindo o recente cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah, tem mantido o metal precioso como um ativo seguro para investidores. A cotação do ouro também reflete uma recuperação após uma venda significativa na segunda-feira, quando as correlações tradicionais com os rendimentos dos Treasuries se enfraqueceram.
O mercado de metais preciosos é ainda influenciado pelo aumento das compras de ouro por bancos centrais, que buscam diversificar suas reservas em meio à incerteza econômica global. Analistas observam que, além do apoio geopolítico, o metal tem se beneficiado de expectativas de uma possível redução nas taxas de juros do Federal Reserve (Fed) em dezembro, o que tornaria o ouro mais atraente, uma vez que ele não oferece rendimento de juros.
A desvalorização do dólar também contribui para o fortalecimento do ouro, já que investidores começam a precificar o risco geopolítico no mercado. Apesar dos desafios impostos pelos conflitos em várias regiões, como o prolongamento da guerra entre Ucrânia e Rússia, o apetite por ouro continua robusto. O enfraquecimento da moeda americana e a expectativa de um corte na taxa de juros do Fed são vistos como fatores favoráveis para o preço do metal precioso nos próximos meses.